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Uma comissão formada por vereadores, representantes da Prefeitura e sociedade civil deverá chegar a um consenso sobre a ocupação da Praça São Salvador, em Laranjeiras. Esse foi o encaminhamento da audiência pública convocada pela Comissão de Cultura para tratar especificamente do assunto. Além dos membros da Comissão de Cultura e de representantes da Prefeitura, a sessão contou com a presença de moradores, artistas, comerciantes e ambulantes.

A audiência, realizada na Câmara Municipal nesta segunda-feira, dia 15, foi motivada pelas recorrentes reclamações de moradores e pela repressão feita por guardas municipais na praça. “Não consigo dormir porque me ligam de madrugada para reclamar do barulho”, disse o subinspetor da Guarda Municipal Isnailde de Souza. Se, por um lado, alguns moradores se queixam, outros elogiam a movimentação do local, que era inseguro antes de se tornar palco de diversas manifestações culturais. Para o morador Luiz Carlos Pimenta, as diversas atividades ali existentes – como rodas de samba, de choro, malabares e feira de artesanato – contribuem para a segurança do local, diferente das ações da Guarda. “Todo o entorno está sofrendo com a repressão porque diminui a frequência da praça”, disse Pimenta, que mora na localidade há 63 anos.

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“Já está provado que os oito anos de repressão não resolveram o problema. A ação desproporcional, com guardas acompanhados de cães, não vai melhorar a situação. Não se pode confundir ordenamento público com repressão”, destacou Tarcísio Motta, membro da Comissão de Cultura, formada também por Reimont e Renato Moura. Motta chamou a atenção para a necessidade de organização das atividades econômicas e culturais ocorridas no local e para a necessidade de se fazerem reformas que contemplem a manutenção do patrimônio, inclusive o escoamento de águas pluviais. A substituição da venda de cerveja em garrafas por latas foi apontada como uma das ações que podem diminuir o ruído causado pelos frequentadores.

Uma possível solução apontada pelo vereador do Psol é o investimento em atividades culturais em outras localidades próximas da Praça São Salvador. “Para resolvermos essa questão, é preciso que cada um de nós pense além de nossos próprios problemas. Arriscar em novos espaços culturais para dividir o público pode ser uma saída”, propôs Motta.

Participaram da mesa da audiência, além dos membros da comissão, o subsecretário de operações da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop), Coronel Luiz Claudio Laviano, coordenador de feiras da Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Emprego e Inovação, Eduardo Cataldo, coordenador de gestão do espaço urbano da Seop, Eduardo Furtado, subinspetor da Guarda Municipal Isnailde de Souza, o superintendente regional da Zona Sul, Paulo Nascimento, e o responsável pela Secretaria executiva da Comissão Carioca de Promoção Cultural, Eduardo Nascimento.

Via Equipe Tarcísio Motta