Nosso querido Chico Alencar quer saber a sua opinião sobre qual caminho deve tomar em 2018. O deputado federal do PSOL tem sido considerado para o cargo de senador pelo Rio de Janeiro ou como presidente. Qual a sua opinião sobre esse assunto tão importante para o PSOL e o Brasil? No fim do texto, Chico disponibilizou um e-mail para saber qual é a sua sugestão.
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Nascemos para fazer a “piracema”: ir contra a corrente para ter mais vida. É preciso combater, no Brasil, os promotores da crise de destino em que nos afundamos como país. A apatia que eles estimulam ajuda no avanço do projeto regressista em curso.
Não há início de saída do abismo sem que se devolva ao poder instituinte da República, o povo, o direito de escolher seus governantes e legisladores, em pleito com igualdade de condições.
Esperar “salvadores da pátria”, lideranças messiânicas ou outsiders “apolíticos” (!) é um embuste. A crise é social (agudiza-se a desigualdade!), econômica, política, ambiental, de valores.
É frente a esses desafios que analiso o que algumas pessoas e correntes do PSOL têm proposto: meu nome para disputar eleição majoritária no próximo pleito. À presidência da República ou ao Senado, pelo Rio de Janeiro (duas vagas).
Acelero consultas a respeito, como sempre fiz, desde minha primeira candidatura a vereador, nos idos de 1988. Há iniciativas populares sobre as prementes reformas do Estado, da Política, Tributária, Urbana, Agrária, da Comunicação, da Saúde, da Educação. Um rico e dinâmico acervo que desmente quem diz que não há alternativas para o país. O recém lançado movimento ‘Vamos’, de debates públicos, também vai nessa direção (www.vamosmudar.org.br).
A conjuntura – de forte viés regressista, protofascista mesmo – segue confusa:
continuidade ou não do desgoverno Temer, essa coalizão de investigados, réus, devotos (sem votos) do Estado mínimo (exceto na repressão e nas negociatas) e do privatismo máximo; regras eleitorais urdidas para nos sufocar ainda mais (distritão –– o que exigiria mudança em nossa estratégia! –– fundo biliardário para as campanhas dos grandes partidos, cláusula de barreira).
Tudo isso tem a ver com VOCÊ. Por isso peço seu envolvimento nesse debate e decisão: sua opinião sobre potenciais e debilidades de cada opção. Vindo esse retorno, pois só tem serventia o que é COLETIVO, decido qual será minha contribuição na próxima disputa (tendo saúde e ânimo até lá…). Sem você não dá!
Fraternalmente, vamos juntos!
Rio, 21 de agosto de 2017.
(Retornos para: [email protected])
Foto: Mídia Ninja