O PSOL ganhou, nesta segunda-feira (4), ação na Justiça do Rio de Janeiro para garantir a instalação, na Assembleia Legislativa (Alerj), da CPI para investigar a Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado (Fetranspor). A decisão foi unânime.
Em agosto, a bancada do PSOL havia conseguido as 27 assinaturas de deputados necessárias para a instalação da CPI. Porém, após manobra da base do governo, seis deputados retiraram ilegalmente os apoios para boicotar a investigação. Segundo o Regimento da Alerj, isso é proibido.
Além de garantir a CPI, a Justiça determinou o envio de queixa-crime ao Ministério Público Estadual (MPE) para apurar o que motivou a retirada ilegal das assinaturas desses seis parlamentares.
Agora, a bancada do PSOL vai atuar na CPI para abrir de vez a “caixa preta” da Fetranspor, que está no olho do furacão das investigações sobre os últimos governos, todos do PMDB, no estado e na capital.
Em novembro, três deputados do PMDB, Jorge Picciani (presidente da Alerj), Edson Albertassi e Paulo Melo, chegaram a ser presos acusados de organizar a “caixinha” de propina da Fetranspor na Alerj. A Casa, porém, negou a prisão em sessão marcada às pressas para isso. Após a votação, os três pediram afastamento.
O PSOL entrou na Justiça na tentativa de anular a decisão, feita com portas fechadas e sem a participação da sociedade.