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Terminamos esse 2017 com certa sensação de alívio de quem sofreu tantos ataques, mas com uma mistura de esperança de que um novo ciclo se inicia para reanimar nossas lutas e trazer fôlego à resistência que tende a se intensificar. Afinal, os retrocessos infelizmente não se findaram junto com o ano.

Dois mil e dezessete veio para reafirmar o papel de um partido coerente e socialista diante desse sistema político e econômico que tira dos mais pobres para dar aos mais ricos. Para nós, lutadoras e lutadores, militantes do Partido Socialismo e Liberdade, fica a sensação de que devemos avançar, mas sem sair da trajetória que traçamos, pois ela é consequência das vozes insatisfeitas que sofrem o mal do capitalismo todos os dias.

No Rio de Janeiro, a cidade conhecida como laboratório do capital, a cidade que nos últimos anos se reafirmou enquanto uma marca lucrativa, amarguramos muito do que foi esse ano. Aqui, o PSOL que já falava em 2016 “EU NUNCA ME ALIEI AO PMDB”, esteve ao lado de milhares nas ruas, se colocando como a real alternativa de esquerda na cidade, dialogando com os movimentos sociais, atrelando à luta que ecoava das ruas ao trabalho árduo e resistente dos nossos parlamentares.

Em 2017, O PMDB novamente virou as costas para a população carioca, com o discurso batido e mentiroso de que “não tem dinheiro”, deu consequência ao desmonte dos serviços públicos, à venda de empresas públicas, o sucateamento da saúde e educação e a desvalorização de profissionais, tanto os que ainda estão na ativa quanto todos aqueles que prestaram enormes serviços e hoje, aposentados, são obrigados a sobreviver com um salário precário e que muitas vezes não vem ou vem repartido.

Esse foi o ano que os trabalhadores da CEDAE tentaram impedir a privatização da empresa, lidando com a dura repressão da policia militar e das forças de segurança nacional. Trabalhadores que viram seus empregos ameaçados foram às ruas denunciar que tal medida não resolveria a crise. Nós do PSOL estávamos ao lado nessa luta, com material informativo e dura resistência dentro e fora da ALERJ. O PSOL se coloca como a saída possível para o funcionarismo público, tanto que propos e conseguiu aprovar tanto na casa parlamentar estadual, quanto na municipal a prioridade do pagamento aos servidores.

Esse foi o ano também em que, por conta da falta de prioridades do governo do estado, as universidades estaduais tiveram sua verba cortada. O PSOL esteve na luta da UERJ, da UEZO e da UENF, mostrando que somos o partido que aglutina em suas fileiras estudantes, professores, terceirizados e todos aqueles que lutam por uma universidade públic, gratuita e de qualidade. Aprovamos em dezembro, na ALERJ, a PEC das universidades públicas, garantindo autonomia para as instituições estaduais.

Melhor não foi para saúde pública, duramente atacada, assim como a educação. O PSOL promoveu debates, campanhas; esteve nos atos em defesa da saúde e partir do seu setorial de saúde se mostrou como a opção de tantos trabalhadores e militantes da que prezam pelo sistema público de saúde.

Seja ao lado dos trabalhadores da COMLURB, das pessoas que trabalham com cultura, seja do lado das mulheres que vivem as mazelas da sociedade machista e patriarcal, dos negros e negras que perdem suas vidas diariamente pela violência estatal, dos LGBT’s que são espancados. Nas paralisações e nas manifestações, na câmara dos vereadores e na assembleia legislativa, o PSOL se mostrou como uma alternativa combatente e de esquerda, capaz de junto as diversas categorias de trabalhadores formular respostas e resistências.

Não nos rendemos ao jogo político daqueles que se aliam a qualquer um e abrem mão da defesa intransigente dos nossos direitos, para nós, é papel de um partido socialista não abandonar a construção da greve geral.

EM 2017 gritamos: LIBERDADE PARA RAFAEL BRAGA, denunciamos a seletividade so sistema penal e o genocídio contra juventude negra ocorrida nas favelas cariocas, denunciamos também que a guerra as drogas se mostra derrotada mais uma vez, ineficaz medida de segurança pública, que mata tantos jovens e fazem tantas mães pretas chorarem seus filhos.

Participamos das ocupações urbanas, afinal: Tanta casa sem gente e tanta gente sem casa, não é mesmo? A quem serve os imóveis vazios e a especulação imobiliária? Será que o justo é o valor dos alugueis da cidade do Rio de Janeiro?

A luta parlamentar do PSOL, passou pela resistência ao Picciani na Assembleia Legislativa a instauração de duas das quatro CPI’s, que tentamos instaurar -a do RioPrevi e da máfia dos ônibus –

Além disso, fomos publicamente contrários às novas regras do IPTU e conseguimos a partir de muita luta, impedir o trator do prefeito no final do ano.

Enfim,  2017 veio forte, mas o PSOL tá fervilhando, construímos com muitos militantes dosis importantes setoriais: Setorial de favelas e o setorial sindical, afinal, só nos organizamos podemos desorganizar

De fato, nesse momento de pós golpe, vivemos fortes incertezas para 2018, mas Nesses últimos anos, muitas foram as lutas realizadas no Rio. Inúmeros foram os processos de resistência sustentados pelos trabalhadores e trabalhadoras, mulheres e juventude na cidade. Para 2018 é preciso fortalecer os laços de solidariedade entre os movimentos, agir juntos e dizer em alto e bom som que desejamos uma sociedade socialista, muitos são os desafios para os que sonham e lutam