Nesta quinta, 8, a operação Furna da Onça prendeu sete deputados estaduais em um total de dez mandados de prisão. Jorge Picciani não pôde ser conduzido, pois tem problema de saúde. Já Paulo Melo e Édson Albertassi, estão detidos desde o ano passado. O PSOL entrou com representação contra os três desde novembro do ano passado. Como o processo não andou, apesar do afastamento dos três, tanto seus gabinetes estão funcionando, quanto os salários também estão em dia.
Durante a coletiva de imprensa, os delegados e procuradores da PF, MPF e Ministério da Fazenda estavam certos ao afirmar que houve leniência por parte da Alerj no que tange à abertura de um processo no Conselho de Ética da casa e eventual cassação dos deputados Jorge Picciani, Paulo Melo e Édson Albertassi.
Ainda em novembro de 2017, logo após a prisão dos três deputados, a bancada do PSOL, em nome de seus deputados Eliomar Coelho, Flavio Serafini, Marcelo Freixo e Wanderson Nogueira e com participação de parlamentares de outros partidos, entrou com uma representação no Conselho de Ética da Alerj pedindo abertura de processo disciplinar contra os três. Numa provável manobra, representação foi considerada em desacordo com o novo código de ética da casa e portanto arquivada.
Após o arquivamento, em 20 de dezembro de 2017, na figura de seu líder Marcelo Freixo, a bancada do PSOL entrou com nova representação “POR ATOS INCOMPATÍVEIS COM O DECORO PARLAMENTAR” (Processo 18583). Após o recesso parlamentar e inúmeras tratativas, no dia 15 de maio de 2018, o PSOL oficiou o Conselho de Ética e seu presidente, Deputado André Lazaroni, para que desse andamento ao processo. Entretanto, menos de uma semana depois, no dia 21, respondeu prometendo que haveria reunião do conselho de ética assim que o relator do caso liberasse o processo.
Por conta disso, Jorge Picciani, Paulo Melo e Édson Albertassi, apesar de serem deputados afastados, continuam recebendo seus salários e mantendo funcionários em cargos também remunerados pela Alerj – ou seja, pela população fluminense.