Acompanhe a série “Cuidando de quem? Os dois anos de Crivella”
Na metade de seu primeiro mandato no Executivo, Crivella parece estar se preparando para tentar a reeleição. É óbvio que isso é uma irresponsabilidade, ainda mais para quem prometeu “cuidar das pessoas” e acabou negligenciando à população carioca em áreas básicas como a saúde, a educação, o meio ambiente, o transporte e a moradia. Suas crivelladas não se concentraram em uma área, muito pelo contrário. O PSOL e sua bancada de vereadores na Câmara Municipal vêm denunciando e combatendo as arbitrariedades do prefeito nestas áreas e também na cultura, no direito à cidade, nas liberdades religiosas e de expressão.
Crivella aumentou de forma absurda o IPTU para famílias mais pobres, enquanto diminuía o tributo dos mais ricos. Enviou e defendeu projetos na Câmara que privatizam áreas e precarizam a moradia. Se fez de durão, mas hoje come na mão das empresas de ônibus, baixando a guarda e dando aumentos sem exigir transparência nas contas. Na saúde, está demitindo neste momento mais de mil profissionais da área e paralisando atividades em unidades básicas. Segundo suas metas para 2018, havia a promessa do aumento em 20% dos leitos na cidade. Entretanto, o que aconteceu foi, justamente, o contrário. O Rio perdeu mais de 100 leitos em hospitais ou cerca de 1% do que já existia quando Crivella assumiu.
No meio do ano passado, todos fomos surpreendidos com as práticas nada transparentes evocadas pelo prefeito em uma reunião com aliados no Palácio da Cidade. Lembram da Márcia? Braço direito de Crivella e que organizava a fila pública para o atendimento na saúde do município. Um escárnio e campanha eleitoral velada – que se repetiu mais tarde em evento da Comlurb na Estácio de Sá. O PSOL e sua bancada na Câmara não deixaram barato a história dos privilégios na fila do SISREG nem no uso de ferramentas públicas para sua campanha política e de seus aliados. Assim, propôs a abertura de uma investigação parlamentar, em um processo de impeachment. Infelizmente, a velha lealdade se fez presente e nem ao menos investigar as atitudes do prefeito foi possível.
Crivella vira e mexe constrange a educação do município com populismos hediondos como quando disse que iria importar concreto especial para reforçar os muros de escolas em áreas de confronto. Da mesma forma, tivemos escolas fechadas, turmas sem professor ou dividindo o mesmo docente. Revezamento de profissionais e alunos dispensados antes do horário. Crianças sem aula.
No que se refere aos retrocessos socioambientais, Crivella deixou explícito desde o início do governo que o tema não seria priorizado. Justamente na cidade que contém rios, parques, praias, áreas protegidas e comunidades importantes que deveriam ser preservados. Podemos destacar a fusão da Secretaria de Meio Ambiente com a de Conservação, retirando sua autonomia e fragilizando ainda mais a política ambiental da cidade e a proposta de construção de um autódromo, ameaçando a rica biodiversidade da Floresta do Camboatá em Deodoro e da população que reside no entorno.
Crivella é um desastre como prefeito e deseja permanecer no cargo por mais seis anos (os dois que ainda restam e os quatro em uma possível reeleição). O que já está ruim pode piorar ainda mais! O PSOL Carioca e através de sua bancada na Câmara continuará na fiscalização, na luta pela transparência e combate aos absurdos e arbitrariedades de quem está governando para os seus e esquecendo da imensa maioria dos cariocas que não fazem parte de sua patota.
Em breve, nesta série você irá encontrar uma linha do tempo com ações do prefeito e a resposta do PSOL e de sua bancada em relação a elas. Artigos e textos dos vereadores sobre a atuação de Crivella nas mais diversas áreas nesses dois anos, além de colaborações dos núcleos e setoriais. Por fim, uma análise dos projetos de lei propostos pelo prefeito e os que por ele foram vetados.
É dever da oposição informar à sociedade os rumos dados pelo prefeito que vão no sentido contrários aos interesses da população. Bem como os “novos” objetivos de Crivella em sua administração. E esse é só o começo.
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