O Setorial de Saúde Victor Valla, do PSOL do Rio de Janeiro defende um SUS público e estatal.

Podemos dizer isso, porque nunca defendemos em hipótese alguma, qualquer forma de privatização da saúde.

São décadas de golpes, esquemas, governos atrás de governos, dos quais NUNCA participamos.

As chocantes cenas do flagrante dado ao ex-secretário de saúde do Estado do Rio de Janeiro, com milhões de reais em dinheiro vivo, se somam aos escândalos de Cabral, Sérgio Cortes, Pezão e todos os que, na Secretaria de Estado ou nas Prefeituras, defendem a terceirização pelas Organizações Sociais (OSs) e formas similares de privatizar a saúde.

O PSOL vivenciou isso, levando bombas de gás e tiros nas ruas e portas do Palácio Guanabara, da ALERJ e da Prefeitura do Rio.

O problema é estrutural! A privatização da saúde pública é a porta aberta para a corrupção, parao enriquecimento ilícito, o descaso com os trabalhadores da saúde e o abandono da população do Rio de Janeiro.

A mesma IABAS que escandaliza na gestão fraudulenta dos hospitais de campanha é a OSs trazida para o Rio de Janeiro por Eduardo Paes, e que ganhou milhões da Prefeitura explorando os trabalhadores da Zona Oeste.

As mesmas OSs permanecem na cidade com Crivella, atropelando direitos trabalhistas e obrigando profissionais de saúde a trabalhar na pandemia sem qualquer direito. Na Baixada Fluminense e no interior, fazem a festa!

São décadas de sofrimento e desmonte.
Nesse momento, de grave pandemia e de início dos debates eleitorais para os municípios, não há outras palavras a dizer:

mantemos nossa defesa de um SUS público, estatal, cidadão, sem Organizações Sociais e outras formas de privatização, com trabalhadores valorizados, com vínculo por concursos e que respeite a população!

O Governo Bolsonaro é cúmplice e se utiliza desses esquemas, por dentro das cidades, influenciando na indicação de cargos para atuação nos serviços de saúde.

Há fortes indícios de ligações de OSs da saúde com outras áreas do crime organizado, como milícias e corrupção de agentes públicos.

Witzel, sendo envolvido diretamente ou não, perdeu qualquer condição moral de permanecer no cargo e deve renunciar.
Rio de Janeiro, 10 de julho de 2020