Esta semana, o PSOL Carioca entrou com ação indenizatória de reparação de danos contra o ex-prefeito Marcelo Crivella e o deputado federal Otoni de Paula no valor de R$ 100.000,00. Com isso, esperamos a mínima reparação e a responsabilização dos autores em difundir informações falsas e caluniosas em relação a um histórico do partido no enfrentamento a violências contra crianças e adolescentes.
Em novembro de 2020, no segundo turno das eleições municipais no Rio, o ex-prefeito Marcelo Crivella e o deputado federal Otoni de Paula fizeram uma LIVE na qual afirmaram que o PSOL iria compor a secretaria de educação em um eventual governo Paes e, também, mentiram descaradamente sobre a conivência do partido com a pedofilia. Além disso, a campanha de Crivella no auge do desespero despejou 1 milhão de panfletos nas ruas da cidade com as mesmas calúnias. Ou seja, não mediram esforços para difamar o PSOL e tentar criar medo e pânico em momento de desespero eleitoral. Dois crimes covardes. Um contra a vida e outro contra aqueles que combatem esta triste realidade. O PSOL sempre atuou pela defesa da vida, dos direitos humanos, zelando pelos princípios do ECA e pela proteção e bem-estar de crianças e adolescentes.
– Nosso objetivo com esta ação indenizatória é fazer prevalecer a verdade e a justiça, num momento em que a mentira e a desinformação se tornaram armas nas mãos de governos e grupos políticos com viés autoritário. A atitude desesperada do ex-prefeito que sabia que perderia as eleições no ano passado não atinge apenas ao PSOL, mas ao conjunto da sociedade, já que seu intuito era mobilizar o medo das pessoas através de afirmações mentirosas. Crivella já entrou para a história como o pior prefeito que o Rio já teve, agora vai seguir amargando derrotas em consequência de seus atos, comentou Isabel Lessa, presidenta do PSOL Carioca.
Vimos nesta ação absurda, eleitoreira e sobretudo perversa, a reiterada tentativa do fundamentalismo, muitas vezes em parceria com os mais reacionários setores da direita e da extrema-direita, em nos associar a atitudes contrárias e distorcidas de nossos princípios:
– A violência praticada neste caso tem como razão a perpetuação no poder de grupos políticos, uma vez que precisam sustentar uma base dita conservadora, com medo e mentiras para que continuem seu domínio, não só em termos de votos, mas também, financeira e ideologicamente, mesmo que isso seja negar a política. Ao nos acusar de praticar aquilo que, justamente, combatemos, o patriarcado fundamentalista tenta esconder hipocritamente as próprias ações e intenções – afirmou Lessa.
O desespero de Crivella não foi à toa. O PSOL Carioca terminou as eleições como o partido que mais recebeu votos para a Câmara de Vereadores, bem como teve o Tarcísio Motta como o Vereador mais votado da cidade, se consolidando como o principal partido de esquerda na cidade. Ao longo da gestão de Crivella, o partido foi uma pedra do sapato do prefeito, com pedidos de impeachment e CPIs como a das Enchentes, da ‘Márcia” e a CPI dos Transportes.
O partido conta a seu favor com um parecer do MPRJ que julgou que as ações do ex-Prefeito visavam a promoção de um “terrorismo psicológico-religioso”, assim como de uma determinação do Tribunal Regional Eleitoral que chegou a conceder direito de resposta ao PSOL Carioca, o qual nunca chegou a ser veiculado.
Lutamos pela vida. Eles lutam pelo ódio.