A movimentação pró-armas ganhou novos capítulos recentemente na Câmara Municipal do Rio. Foi proposto um Projeto de Emenda à Lei Orgânica que propunha a alteração da legislação municipal para permitir a fabricação e o comércio de armas na cidade, hoje proibidos. Em seguida, o projeto foi retirado de pauta, pois ganhou um substitutivo (ou seja, uma mudança no texto). A nova redação mantinha a proibição da fabricação de armas no Município, mas pretendia autorizar a sua comercialização. Com a mudança, o projeto passou pelas Comissões da Casa e, a toque de caixa, voltou ao plenário.

O que os pró-armas não esperavam é que o povo do Rio não quer mais armas circulando na cidade, o povo quer mais direitos! Com muita mobilização e atuação impecável da bancada do PSOL, tivemos uma vitória importante: o projeto foi derrotado! Apoiado pelo filho do presidente da República e por alguns outros bolsonaristas, a maioria dos vereadores e vereadoras rejeitaram a ideia de vender armas na nossa cidade.

Os números mostram: armas legais também matam e estão nas mãos de homens prestes a assassinarem mulheres. Além disso, o número de armas legais “perdidas” até setembro deste ano chegou a mais de 800, demonstrando que armas legais de hoje podem virar as armas do crime amanhã. O vereador Tarcísio Motta nos lembrou em seu discurso que “a CPI das armas do Congresso demonstrou que quase 70% das armas apreendidas pela polícia tem origem legal”. Sobre o argumento do “direito a ter uma arma”, a vereadora Monica Benicio disse algo brilhante: “toda vez que um bolsonarista fala sobre liberdade, ele usa como ferramenta a opressão”. Você pode conferir a fala completa da vereadora no nosso Instagram clicando aqui.

O projeto que, sem dúvida, aumentaria ainda mais os números já alarmantes da violência no município, também colocaria em risco a vida de inúmeras mulheres. Uma vitória importante que marcou o Dia Internacional de Combate à Violência Contra as Mulheres no legislativo municipal.