O PSOL apresentou ao Ministério Público uma representação para que a prefeitura seja obrigada a apresentar um plano de regularização e assentamento dos camelôs antes que seja realizada qualquer operação de retirada desses trabalhadores das ruas. O objetivo do partido é impedir que Eduardo Paes siga reprimindo os camelôs e ambulantes na cidade sem oferecer alternativas que garantam o trabalho e renda da grande parcela da população que vive do trabalho informal. No documento, o PSOL também pede que seja aberto inquérito para investigar os diversos casos de violência por parte da Guarda Municipal e de agentes da Secretaria de Ordem Pública.

A representação é assinada pela líder da bancada do PSOL na Câmara Municipal, Monica Benicio, pelas vereadoras Mônica Cunha, Luciana Boiteux, Thais Ferreira, Paulo Pinheiro, Marcos Paulo, William Siri, e pelo presidente do partido na capital, Juan Leal.

Em reunião com a Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão, o presidente do PSOL Carioca ressaltou que Eduardo Paes diz que está amparado na lei para reprimir o trabalho informal nas ruas, mas ignora a lei que prevê a regularização dos camelôs e não abre novas vagas para assentamento desses trabalhadores. A vereadora Monica Benicio e seu companheiro de bancada William Siri estão organizando uma audiência pública na Câmara para tratar do tema.