ORIENTAÇÃO À MILITÂNCIA DO PSOL CARIOCA: JUSTIÇA POR MARIELLE E CAMPANHA “COM A MILÍCIA NÃO TEM JOGO”

A revelação dos mandantes do assassinato brutal de nossa companheira Marielle Franco e de Anderson Gomes deixou nítida uma estrutura mafiosa existente no Rio de Janeiro, com uma profunda dominação territorial a partir de uma relação estreita entre milícias, política e polícia. O PSOL sempre denunciou essa rede criminosa: na CPI das milícias, na CPI das armas, na oposição a Sérgio Cabral, Pezão, Eduardo Paes (todos do antigo PMDB) e Crivella (Republicanos), no debate sobre licenciamento ambiental, regularização fundiária e de segurança pública. Seguimos afirmando que o combate às milícias deve se dar sobre todas as suas raízes: econômicas, políticas e bélicas.

O grupo criminoso que assassinou Marielle e atentou contra a democracia brasileira não é um poder paralelo, mas sim parte do Estado. Por isso, a luta por justiça por Marielle e Anderson não termina com a prisão dos mandantes. É fundamental derrotar politicamente as forças de direita que implementam um projeto de opressão do povo em conluio com os interesses das milícias. Nesse sentido, o partido lançou a campanha “Com a milícia não tem jogo” e convida o conjunto das forças de esquerda a se somarem nessa luta, conformando uma frente que se coloque enquanto protagonista de um projeto de transformação radical do Rio de Janeiro.

A construção de uma frente de esquerda para intervir nessa conjuntura é fundamental. Cabe ao PSOL, enquanto importante partido de esquerda na cidade, liderar esse processo e estimular as construções dessa frente em todos os espaços visando ao enfrentamento à extrema-direita, ao projeto neoliberal e às milícias. É tarefa também de toda militância partidária permanecer mobilizada, nas ruas e redes, para construção de um projeto de esquerda para a cidade, compreendendo a plataforma do Se a Cidade Fosse Nossa como uma ferramenta prioritária

Portanto, orientamos toda militância do PSOL Carioca a:

– Participar do ato Justiça por Marielle e Anderson, convocado para esta sexta (5), às 18h, no Buraco do Lume. Faremos uma uma coluna unificada do partido, com bandeiras, adesivos e panfletos, reafirmando a memória de Marielle enquanto uma militante do PSOL.

– Agitar a campanha “Com a milícia não tem jogo” nas redes e em agendas que vierem a ser construídas, buscando ampliar o número de assinaturas ao manifesto e promover o debate sobre segurança pública na sociedade, a partir dos marcos programáticos do partido.

– Somar-se aos comitês territoriais do Se a Cidade Fosse Nossa já criados e, onde não houver, buscar criar, a partir da linha política de conformação de frente de esquerda, em parceria com movimentos, organizações e partidos que tenham interesse em construir.

Rio de Janeiro, 04 de abril de 2024.
Executiva Municipal do PSOL Carioca