Bancada do PSOL e deputado da REDE votam contra a reeleição daquele que simboliza a derrocada da política do PMDB no estado. Ainda assim, 64 deputados de vários partidos votaram à favor da permanência de Picciani no cargo. No final do texto, veja a lista de quem votou SIM e de quem votou NÃO para mais dois anos do peemedebista na presidência da ALERJ.

Deputados do PSOL RJ protestam durante votação que escolheu presidência da ALERJ: “Salário é direito”; “Uerj pública de qualidade”; #pezãosai #cedaefica”.

O Rio de Janeiro passa por sua pior crise financeira e política em décadas. Servidores e suas famílias sofrem pela falta de salário e a população sente o revés na qualidade de vida. Isso, fruto da má gestão e  da má intenção daqueles que estiveram no poder e que são representados, justamente, pelo mesmo PMDB de Picciani, Pezão e Temer. Desde novembro do ano passado, o PSOL RJ vem empreendendo ações para barrar o Pacote de Maldades de Pezão, conseguindo vitórias históricas na ALERJ e propondo medidas para sair da crise (clique para conhecer).

Entretanto, em 2017, o governo Temer investe em chantagear novamente a Casa, propondo o mesmo pacote de medidas que apenas piora a vida daqueles que não tem nada a ver com a crise pela qual passa o Rio. Um dos maiores representantes dessa política, o presidente da assembléia, Jorge Picciani (PMDB), foi eleito na tarde desta quarta-feira, 1º de fevereiro, para seu sexto mandato.

A bancada do PSOL na ALERJ não pôde apresentar chapa de oposição, pois eram necessários ao menos treze deputados para compô-la. Assim, Piccinai concorreu sozinho. Em entrevista à Rádio CBN, o deputado Marcelo Freixo afirmou que o voto do PSOL foi contrário à Picciani, pois o partido acredita que o PMDB é o responsável pela crise no Rio e Pezão age na base da barganha para voltar a ter sua base na Casa. Além disso, Freixo questionou a presença da privatização da CEDAE no pacote apresentado por Temer-Pezão, item em nenhum momento discutido nas propostas enviadas à ALERJ, em 2016. Segundo o ex-candidato a prefeito da cidade, a inclusão da estatal é uma tentativa de salvar a pele do Governador Pezão e esconde a verdadeira face da crise :

“Ele não soluciona a crise. Ele (Pezão) agrava a crise. Essa é uma crise de receita, não é uma crise de despesa. Ele não mexe no corte de receita. Ele vai nos benefícios fiscais que deveriam de ser revistos. Mas ele pune o servidor público, ele arrocha o servidor público. Ele acaba com o restaurante popular e agora, quer privatizar a CEDAE, que é uma empresa lucrativa e que não faz o menor sentido em entrar como moeda de troca”.

Ouça a entrevista completa aqui.

Abaixo,  estão elencadas algumas das situações atuais que vive nosso estado administrado há 10 anos pelo PMDB de Cabral, Pezão, Picciani e cia.:

* Atualmente, salários de servidores, aposentados e pensionistas estão sendo divididos em até 8 vezes, além do décimo-terceiro estar atrasado;

* Aumento de 100% da contribuição previdenciária dos servidores, passando dos atuais 11% para 22%.

* A CEDAE, companhia estatal de água e esgoto, estratégica para a sociedade, está ameaçada de ser entregue à iniciativa privada;

* Universidades estaduais como a UERJ, UENF e UEZO sofrem com a precarização;

* Nos próximos dias será aberta CPI, presidida pelo deputado estadual do PSOL RJ, Marcelo Freixo, para apurar as isenções fiscais concedidas por Cabral e Pezão em suas administrações;

* Maracanã, nosso símbolo mor do esporte, em meio a um turbilhão de desconfianças orçamentárias;
* Oito restaurantes populares do estado foram fechados em nome da crise;

Eleição para a mesa diretora da ALERJ. Por 64 votos a 6 foram eleitos  para dois anos em seus respectivos cargos, os seguintes parlamentares:

Presidente: Jorge Picciani (PMDB)

1º vice-presidente: Wagner Montes (PRB)
2º vice-presidente: André Ceciliano (PT)
3º vice-presidente: Jânio Mendes (PDT)
4º vice-presidente: Marcus Vinícius (PTB)
1º secretário: Geraldo Pudim (PMDB)
2º secretário: Samuel Malafaia (DEM)
3º secretário: Átila Nunes (PMDB)
4º secretário: Pedro Augusto (PMDB)
1º vogal: Carlos Macedo (PRB)
2º vogal: Zito (PP)
3º vogal: Renato Cozzolino (PR)
4º vogal: Bebeto (PDT)

Votaram pelo NÃO (Rejeitaram Picciani – PMDB, como presidente da ALERJ):

Eliomar Coelho (PSOL)
Flávio Serafini (PSOL)
Marcelo Freixo (PSOL)
Paulo Ramos (PSOL)
Wanderson Nogueira (PSOL)
Dr. Julianelli (REDE)

Votaram pelo SIM (elegeram Picciani – PMDB, como presidente da ALERJ):

Flávio Bolsonaro (PSC)
Márcio Pacheco (PSC)
Lucinha (PSDB)
Luiz Paulo Corrêa da Rocha (PSDB)
Silas Bento (PSDB)
Osorio (PSDB)
Dr. Deodalto (DEM)
Samuel Malafaia (DEM)
Jorge Felippe Neto (DEM)
Enfermeira Rejane (PCdoB)
Cidinha Campos (PDT)
Martha Rocha (PDT)
Luiz Martins (PDT)
Jânio Mendes (PDT)
Zaqueu Teixeira (PDT)
Bebeto (PDT)
Marcos Muller (PHS)
Paulo Melo (PMDB)
Fábio Silva (PMDB)
Jorge Picciani (PMDB)
Marcelo Simão (PMDB)
Gustavo Tutuca (PMDB)
Rafael Picciani (PMDB)
Edson Albertassi (PMDB)
Daniele Guerreiro (PMDB)
Cel Jaime (PMDB)
Pedro Augusto (PMDB)
André Lazaroni (PMDB)
Pedro Fernandes (PMDB)
Rosenverg Reis (PMDB)
Geraldo Pudim (PMDB)
Átila Nunes Filho (PMDB)
Chiquinho da Mangueira (PTN)
Dionísio Lins (PP)
José Camilo Zito (PP)
José Luis Anchite (PP)
Jair Bittencourt (PP)
Nivaldo Mulim (PR)
Filipe Soares (DEM)
Milton Rangel (DEM)
André Corrêa (DEM)
Marcia Jeovani (DEM)
Rogério Loureiro (PPS)
Renato Cozzolino (PR)
Bruno Dauaire (PR)
Tia Ju (PRB)
Carlos Macedo (PRB)
Benedito Alves (PRB)
Wagner Montes (PRB)
Marco Figueiredo (PROS)
Christino Áureo (PSD)
Iranildo Campos (PSD)
João Peixoto (PSDC)
Márcio Canella (PSL)
Gilberto Palmares (PT)
Zeidan (PT)
Waldeck Carneiro da Silva (PT)
André Ceciliano (PT)
Marcus Vinicius – Neskau (PTB)
Geraldo Moreira (PTB)
Thiago Pampolha (PDT)
Marcos Abrahão (PTdoB)
Dica (PTN)
Carlos Minc (Sem Partido)
Tio Carlos (SDD)