A Reforma da Previdência vai tirar dos mais pobres!

Ao contrário do que diz o governo Bolsonaro, a Reforma da Previdência não acaba com privilégios. Você sabia que 75% da economia de R$ 1 trilhão que o governo espera fazer virá de cortes nos benefícios e na aposentadoria de quem ganha até dois salários mínimos (R$ 1.996)?

De um lado, o governo quer que você trabalhe mais, contribua por mais tempo ao INSS e receba uma aposentadoria menor. Por outro, quer criar o regime de capitalização, privatizando as aposentadorias e entregando o seu dinheiro para os bancos administrarem. O Chile adotou esse modelo, e sabe o que está acontecendo lá? Nove em cada dez idosos se aposentam com menos de um salário mínimo!

Isso é combater privilégios? Vamos juntos derrotar a Reforma da Previdência!

O governo quer acabar com sua aposentadoria

40 anos de contribuição

Para receber a aposentadoria integral, você terá que contribuir com o INSS por 40 anos.Num país com mais de 50 milhões de pessoas sobrevivendo de “bicos” ou desempregadas, será que elas conseguirão pagar por 40 anos a previdência? Vão morrer antes de se aposentar.

Trabalhando mais para receber menos

O governo quer aumentar o tempo mínimo de contribuição e reduzir o valor das aposentadorias. Hoje quem contribui por 15 anos recebe 85% do valor médio dos salários mais altos. Com a Reforma, o governo quer que você contribua por pelo menos 20 anos e receba apenas 60% da média de todos os salários.

Capitalização favorece os bancos

O governo quer privatizar a previdência e entregar a sua aposentadoria aos bancos.  No regime de capitalização, cada um terá que se virar para poupar e se aposentará com o que conseguir guardar. O problema é que a regra não é sobrar, mas faltar dinheiro no fim do mês!

Abandono dos idosos pobres

O governo quer mexer na assistência aos idosos mais pobres. Em vez de pagar um salário mínimo aos 65 anos, Bolsonaro só quer dar essa ajuda aos 70 anos! Será que os idosos sobreviverão até lá?

Fim da ajuda a trabalhadores pobres

Hoje, trabalhadores que ganham até dois salários mínimos (R$ 1.996) podem receber o abono salarial, que chega a um salário mínimo (R$ 998). Com a Reforma, o governo quer pagar somente a quem ganha até um salário mínimo: 23 milhões de pessoas serão prejudicadas.

Mais sacrifício para os professores

A vida dos professores vai piorar, principalmente para as mulheres da rede pública. Hoje, as professoras se aposentam aos 50 anos e 25 anos de contribuição. O governo quer aumentar a idade mínima em 10 anos, totalizando 60, e o tempo de contribuição vai para 30 anos.  As mesmas regras valerão para os homens.

Mulheres serão prejudicadas 

Além de não contar a dupla e tripla jornadas de trabalho das mulheres, o governo vai prejudicá-las ainda mais ao aumentar o tempo mínimo de contribuição de 15 para 20 anos. É que a maioria das mulheres hoje se aposenta por idade (60 anos), tendo contribuído por “apenas” 16 anos. Ou seja, essas mulheres teriam que trabalhar por mais quatro anos, aposentando-se somente aos 64!

E, quais são as nossas propostas?

Nós do PSOL temos propostas alternativas para fazer com que o Brasil tenha mais dinheiro, reduza as desigualdades e proteja os direitos dos mais pobres e da classe média.

– Cobrança de R$ 160 bilhões da dívida previdenciária. 

– Combate à sonegação de impostos: só em 2016 o rombo foi de R$ 570 bilhões.

– Cobrança de Imposto de Renda sobre lucros e dividendos, que hoje não são tributados. Seriam R$ 71 bilhões a mais por ano.  

– Taxação de grandes fortunas: a arrecadação com alíquotas de até 3% seria de R$ 37,1 bilhões ao ano.  

– Cobrança de imposto (IPVA) sobre embarcações e aeronaves. 

– Criação de política de incentivo ao emprego com carteira assinada para que mais trabalhadores contribuam.

– Redução da taxa de juros: Brasil paga R$ 400 milhões por ano.

Calcule em que ano irá se aposentar